Essa frutinha, pode parecer uma “estrelinha” inofensiva, mas infelizmente, apesar de possuir muitas vitaminas, a carambola também possui um lado ruim. Pacientes com problemas renais crônicos não devem ingerir a carambola, isto porque a fruta conta com uma enzima que não é filtrada pelos rins.

No Brasil essa toxina foi catalogada pela Universidade de São Paulo como caramboxina em uma pesquisa realizada pela USP em colaboração entre a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP).

Os estudos sobre a caramboxina na USP começaram em 1998, quando o médico-assistente da Divisão de Nefrologia do Hospital das Clínicas da FMRP, Miguel Moysés Neto, constatou a morte por intoxicação de pacientes com problemas renais após ingerir a carambola ou o suco. De acordo com Garcia-Cairasco, Neto pediu auxilio a outro professor da FMRP, Joaquim Coutinho Neto, que iniciou as pesquisas neuroquímicas com a carambola.

O excesso da caramboxina pode atingir o cérebro e ocasionar vômito, confusão mental, agitação psicomotora, convulsões e levar até mesmo à morte. Pessoas com propensão a formação de cálculos renais por ácido oxálico devem evitar o consumo da fruta.

Diabéticos também devem evitar o consumo da carambola, pois eles têm tendência a desenvolver problemas renais. Algumas pessoas com hipertensão têm problemas renais assintomáticos, de modo que o consumo da carambola pode agravar o quadro.

Alguns sintomas da intoxicação por carambola são: soluços, confusão mental, perda da força muscular e convulsões. Diante destes sintomas é importante buscar a ajuda médica.